segunda-feira, 30 de junho de 2014

AUTISMO E SÍNDROME DE RETT


O que é Autismo?
O autismo é uma alteração cerebral, uma desordem que compromete o desenvolvimento psiconeurológico e afeta a capacidade da pessoa se comunicar, compreender e falar, afeta seu convivio social.
O autismo infantil é um transtorno do desenvolvimento que manifesta-se antes dos 3 anos de idade, e é mais comum em meninos que em meninas e não necessariamente é acompanhado de retardo mental pois existem casos de crianças que apresentam inteligência e fala intactas.
Existe também o Transtorno Invasivo do Desenvolvimento (TID) que difere do autismo infantil por evidenciar-se somente depois dos 3 anos de idade, referir-se a um desenvolvimento anormal e prejudicado e não preencher todos os critério de diagnóstico. O autismo atípico surge mais freqüentemente em indivíduos com deficiência mental profunda e em indivíduos com um grave transtorno específico do desenvolvimento da recepção da linguagem.
Por ainda não ter uma causa específica definida, é chamado de Síndrome (=conjunto de sintomas) e como em qualquer síndrome o grau de comprometimento pode variar do mais severo ao mais brando e atinge todas as classe sociais, em todo o mundo.
Leo Karnner foi o primeiro a classificar o autismo em 1943, logo após em 1944 Hans Asperger pesquisou e classificou a Síndrome de Asperger, um dos espectros mais conhecidos do Autismo.
HISTÓRIA - CONCEITO DO AUTISMO
 Leo Kanner ( Psiquiatra austríaco radicado nos Estados Unidos. Nascido em 13 de junho de 1894, em Klekotow, Áustria e falecido em 4 de abril de 1981 ) e m 1943 publicou a obra que associou seu nome ao autismo "Autistic disturbances of affective contact", na revsta Nervous Childrennúmero 2, páginas 217-250. Nela estudou e descreveu a condição de 11 crianças consideradas especiais, que tinham em comum "um isolamento extremo desde o início da vida e um desejo obsessivo pela preservação da rotina", denominando-as de "autistas".
Já existiram muitos questionamentos e hipoteses sobre origem do autismo. Uma delas era de que os pais poderiam ser culpados pelo extremo isom=lamento da criança, Então 1969 durante a primeira assembelia da National Society for Autistic Children (hoje Autism Society of America - ASA) , Leo Kanner absolve publicamente os pais de serem a causa do desenvolvimento da sindrome autistica em seus filhos. Ele continuou a ocupar-se de crianças com autismo por muito tempo, por isso voltou a sua primeira hipotese de que o autismo é um disturbio inato do desenvolvimento.
Em 1972 nos Estados Unidos é reconhecido o programa TEACCH – The Treatment and Education of Autistic and Related Communication Handicapped Children ( em português: Tratamento e Educação para Autistas e Crianças com Déficits Relacionados com a Comunicação) criado por Eric Schopler Professor de psicologia e diretor desse programa da Universidade da Carolina do Norte até 1994. Um dos pontos principais desse método é a colaboração entre equipe educadora e a família.
A partir de 1980 com a 3ª edicão do Manual Diagnóstico e Estatístico (DSM III) é introduzido o capitulo dedicado a Distúrbio Generalizado do Desenvolvimento no qual o autismo passa a estar.
SINTOMAS COMUNS
Conforme - ASA ( Autism Society of American). A maioria dos sintomas está presente nos primeiros anos de vida da criança variando em intensidade de mais severo a mais brando.
1. Dificuldade de relacionamento com outras crianças
2. Riso inapropriado
3. Pouco ou nenhum contato visual
4. Não quer ser tocado
5. Isolamento; modos arredios
6. Gira objetos
7. Cheira ou lambe os brinquedos, Inapropriada fixação em objetos
8. Perceptível hiperatividade ou extrema inatividade
9. Ausência de resposta aos métodos normais de ensino
10. Aparente insensibilidade à dor
11. Acessos de raiva - demonstra extrema aflição sem razão aparente
12. Procedimento com poses bizarras (fixar objeto ficando de cócoras; colocar-se de pé numa perna só; impedir a passagem por uma porta, somente liberando-a após tocar de uma determina maneira os alisares)
13. Ecolalia (repete palavras ou frases em lugar da linguagem normal)
14. Insistência em repetição, resistência à mudança de rotina
15. Age como se estivesse surdo
16. Dificuldade de comunicação em expressar necessidades - usa gesticular e apontar no lugar de palavras
17. Não tem real noção do perigo
18. Irregular habilidade motora - pode não querer chutar uma bola, mas pode arrumar blocos
    COMPORTAMENTOS DO INDIVÍDUO COM AUTISMO

Com as crianças no espetro do autismo, a socialização é fundamental. Mas, muitas vezes, disparamos sobre os nossos miúdos perguntas sobre factos ou académicas em vez de lhes colocarmos questões que os desafiem a pensar em termos sociais.
Normalmente colocamos perguntas tais como:
“Quantos são?”
“Que cor é essa?”
“O que é que se diz?”
“Podes ler essa palavra?”
“Essa imagem é de quê?”
Não há nada inerentemente prejudicial nestas perguntas, mas relativamente ao autismo, estão essencialmente fora de foco, especialmente quando só colocamos questões dessas. Aqui ficam algumas perguntas do foro social que pode fazer:
“Qual destas queres mostrar à tua amiga Amy?”
“Qual é a tua… preferida?”
“Quando faço esta cara, achas que estou alegre ou triste?”
“Adro quando olhas para mim! Podes olhar mais uma vez para me dares mais energia?”
“De qual delas é que a mamã gosta?”
Pode encontrar mais destas perguntas no Capítulo 5 do meu livro Autism Breakthrough.
Portanto, vamos “socializar” as nossas perguntas!
Raun K. Kaufman
Diretor da Global Education
Autism Treatment Center of AmericaTM
Autor, Autism Breakthrough

domingo, 29 de junho de 2014

Pergunta feita a Samahria Kaufman (A mãe criadora do Programa Son-Rise) durante uma entrevista:
Você garante que se seguirmos exatamente o seu programa, vai funcionar?
Resposta: Ah, eu nunca seria tão maluca (risos).
Eu nunca poderia consignar o programa a uma “garantia de êxito”.
Como eu já disse antes não é um programa passo- a –passo, é um programa voltado ao engajamento, a atitude e forma de encarar os problemas.
Eu não tenho como dizer: "olha mãezinha, faça essas dez coisas durante dez dias e seu filho estará curado", de forma alguma!
Nosso programa não é baseado nisso, você pode fazer as mesmas coisas que eu fiz com Raun, as dez ou cem coisas e nada acontecer, nada dar resultado porque tudo depende de como vocês se engajam e lidam com a situação como a criança se sente. Há muitas e muitas coisas a serem consideradas, tem um sentimento todo envolvido.
Cada pai ou mãe tem uma reação, nós somos muito diferentes entre si, por isso que tudo depende da atitude.
Por isso que nosso programa avalia o momento que cada família vive em particular.
Como cada membro da família lida com toda aquela situação, iniciamos nossos trabalhos com os pais em busca de si mesmos , quais seus sentimentos, o que estão buscando, como se relacionam com seu filho em relação a seus avanços ou se ele retrocede ou faz um movimento inadequado, enfim não é em absoluto um programa passo a passo, nos baseamos em pessoas e suas reações e isto jamais pode ser padronizado, pode ser quantificado, dividido em etapas que devem ser cumpridas em determinado tempo. Nós ensinamos as pessoas a acreditarem em si mesmas, questionarem suas crenças, paradigmas e a si mesmo. Esse conhecimento de si mesmo é tão importante e fundamental no programa porque ninguém de nós sabe mais do seu filho do que você mesma, ninguém sabe o que é melhor para você e para ele para que se sintam felizes e confortáveis com aquilo, não é uma “meia dúzia” de coisas que mando você fazer com seu filho que claramente não os deixa confortável , como você quer obter resultado com isso?
Por isso eu digo que não é um programa passo a passo, é um programa que segue o “curso do rio”, que respeita o quanto a família e a criança querem fazer em cada momento, sempre em cada momento, respeitando cada situação e isto sim é valorizado,não o tempo que isto vai levar .
Para saber mais sobre essa entrevista, acesse:
http://optioninstitutestore.org/CDs?product_id=70




MATEMÁTICA ON LINE PARA AS SÉRIES INICIAIS

NÚMEROS e QUANTIDADES





http://rosanabloguita.blogspot.com.br/2009/09/atividades-online-de-matematica-para-as.html

sábado, 28 de junho de 2014


Como ensinar o discurso para crianças autistas


Instruções

  1. Estabelecer expectativas realistas. Marcos miliários do discurso não são alcançados durante a noite e, especialmente, não quando a criança tem uma deficiência como o autismo. Paciência e compreensão são a chave ao ajudar uma criança com autismo a aprender o discurso.
  2. Cantar ou sussurrar palavras quando se fala, pessoas autistas muitas vezes consegue entender que as palavras melhor assim.
  3. Ensine substantivos primeiro, desde que as pessoas autistas são conhecidas por serem pensadores visuais e muitas vezes é mais fácil para eles aprender palavras que eles podem associar uma imagem em suas mentes. Começando por aqui é ideal quando eles estão aprendendo e tornando-se confortável com os conceitos básicos de fala e linguagem.
  4. Utilize fixações para mantê-los focados e incorporar a aprendizagem. Não é incomum para crianças autistas tornar-se obcecado em certas coisas. Use isso como uma vantagem quando possível. Por exemplo, se uma criança autista gosta de carros e você está tentando ensinar-lhe uma frase, use um carro como a frase sujeito a mantê-lo interessado.
  5. Ajude a criança a pronunciar sons consonantais, porque dificuldade com isso se sabe que ocorre entre crianças autistas. Por exemplo, a criança pode confundir palavras como “limpar” e “hop”. Nesse caso, é especialmente importante tomar tempo para salientar as consoantes à criança por enunciar esses sons.
  6. Evite longas sentenças e instrução verbal. Manter a linguagem simples e direta enquanto a criança está aprendendo o conceito de expressão verbal.
  7. Muitas vezes, usar flashcards e fotos. Se a criança pode desenvolver uma imagem clara em sua mente para associar as palavras que ela está aprendendo, isso vai ajudá-la se lembrar deles.
  8. Responda de forma apropriada para a criança. Às vezes pode ser difícil para uma criança autista de lembrar as palavras. Eles podem confundir palavras tais como “colher” e “garfo”. Se seu filho pede-lhe para entregar-lhe um garfo e você suspeita que ele na verdade pode significar que ele quer uma colher, dá-lhe um garfo. Se ele se torna frustrado, pergunta se ele quer uma colher e mostrar-lhe o objeto correto.

Comece desde cedo a colocar limites em uma criança autista. Entenda!




Para quem quer conhecer sobre o Programa Son-Rise, seguem os links dos materiais que usamos para treinar nossos voluntários. Grande abraço e bom dia a todos!
MATERIAL DE TREINAMENTO SON-RISE- PARTE 1
Filme Meu Filho Meu Mundo (Filme biográfico sobre como começou o Programa Son-Rise)
https://www.youtube.com/watch?v=AYra_5668lE>
SOBRE O PROGRAMA SON-RISE®
A Primeira Criança Son-Rise
http://www.youtube.com/watch?v=mSD1sYHMPts
O s Fundadores do Programa Son-Rise
http://www.youtube.com/watch?v=-uKgYe9b_3k
1-Uma Solução para o Autismo - Iniciando o The Son Rise Program
http://www.youtube.com/watch?v=EthThLMAaZo
2- Uma Solução para o Autismo - O Ambiente
http://www.youtube.com/watch?v=l9USJ1WAq44
3-Uma Solução para o Autismo - Juntar-se à sua Criança
http://www.youtube.com/watch?v=Y4HozQkdZGM
4-Uma Solução para o Autismo - Focar no Contato Visual
http://www.youtube.com/watch?v=Isep7hpon6Q
5-Uma Solução para o Autismo - Aplicando as Técnicas 1
http://www.youtube.com/watch?v=4opdyP5trAU
6-Uma Solução para o Autismo - Aplicando as Técnicas 2
http://www.youtube.com/watch?v=GpcAXB2sC_A

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Por que as crianças autistas são alvos fáceis para valentões da escola


O medo muitas vezes leva à exclusão e escárnio, dizem especialistas.
Destaques da história
Estudo revela que 46% das crianças autistas na escola, média alta são vitimados
Pessoas com autismo têm problemas para reconhecer os sinais sociais, relatando o bullying
Crianças maiores de funcionamento do estudo eram em maior risco

(TIME.com) - Um novo estudo descobriu que crianças com transtornos do espectro do autismo são intimidadas com muito mais freqüência do que seus pares com desenvolvimento típico - quase cinco vezes mais -, mas os pais de crianças autistas que a taxa é ainda maior do que isso.

No estudo, cerca de 46% das crianças autistas em ensino fundamental e médio disseram a seus pais que foram vítimas na escola no ano anterior, em comparação com pouco mais de 10% das crianças na população em geral.

Chamá-la de "problema de saúde pública profunda", o autor Paul Sterzing da Universidade de Washington em St. Louis, disse ao New York Times que a "taxa de bullying e vitimização entre esses adolescentes é alarmante."

Muitas pessoas com autismo têm problemas para reconhecer os sinais sociais, o que os torna desajeitado com os outros. Eles também costumam se envolver em comportamentos repetitivos e tendem a ser hipersensíveis a estímulos ambientais, os quais fazem as crianças com as metas de transtorno maduros para valentões que em casa, em diferença e desfrutar de agravar as suas vítimas.

http://apape-bh.blogspot.com.br/2012/09/por-que-as-criancas-autistas-sao-alvos.html

APAPE BH: Autismo e Equoterapia

APAPE BH: Autismo e Equoterapia: Vídeo gravado para o progrma de TV Conexão Saúde sobre o uso da equoterapia na reabilitação de pessoas com autismo.

APAPE BH: A importância da nutrição no Tratamento do Autismo...

APAPE BH: A importância da nutrição no Tratamento do Autismo...: O autismo é considerado uma doença psiquiátrica pela medicina tradicional. Embora a etiologia da doença permaneça em grande parte obscura, a...

10 coisas

Dez coisas que um autista gostaria que você soubesse
1) Eu tenho autismo. Eu não sou somente “Autista”. O meu autismo é só um aspecto do meu caráter. Não me define como pessoa. Você é uma pessoa com pensamentos, sentimentos e talentos. Ou você é somente gordo, magro, alto, baixo, míope. Talvez estas sejam algumas coisas que eu perceba quando
conhecer você, mas isso não é necessariamente o que você é. Sendo um adulto, você tem algum controle de como se auto-define. Se quer excluir uma característica, pode se expressar de maneira diferente. Sendo criança eu ainda estou descobrindo. Nem você ou eu podemos saber do que eu sou capaz. Definir-me somente por uma característica, acaba-se correndo o risco de manter expectativas que serão pequenas para mim. E se eu sinto que você acha que não posso fazer algo, a minha resposta naturalmente será: Para que tentar?
2) A minha percepção sensorial é desordenada. Interação sensorial pode ser o aspecto mais difícil para se compreender o autismo. Quer dizer que sentidos ordinários como audição, olfato, paladar, toque, sensações que passam desapercebidas no seu dia a dia podem ser doloridas para mim. O ambiente em que eu vivo pode ser hostil para mim. Eu posso parecer distraído ou em outro planeta, mas eu só estou tentando me defender. Vou explicar o porquê uma simples ida ao mercado pode ser um inferno para mim: a minha audição pode ser muito sensível. Muitas pessoas podem estar falando ao mesmo tempo, música, anúncios, barulho da caixa registradora, celulares tocando, crianças chorando, pessoas tossindo, luzes fluorescentes. O meu cérebro não pode assimilar todas estas informações, provocando em mim uma perda de controle. O meu olfato pode ser muito sensível. O peixe que está à venda na peixaria não está fresco. A pessoa que está perto pode não ter tomado banho hoje. O bebê ao lado pode estar com uma fralda suja. O chão pode ter sido limpo com amônia. Eu não consigo separar os cheiros e começo a passar mal. Porque o meu sentido principal é o visual. Então, a visão pode ser o primeiro sentido a ser super-estimulado. A luz fluorescente não é somente muito brilhante, ela pisca e pode fazer um barulho. O quarto parece pulsar e isso machuca os meus olhos. Esta pulsação da luz cobre tudo e distorce o que estou vendo. O espaço parece estar sempre mudando. Eu vejo um brilho na janela, são muitas coisas para que eu consiga me concentrar. O ventilador, as pessoas andando de um lado para o outro… Tudo isso afeta os meus sentidos e agoraeu não sei onde o meu corpo está neste espaço.
3) Por favor, lembre de distinguir entre não poder (eu não quero fazer) e eu não posso (eu não consigo fazer). Receber e expressar a linguagem e vocabulário pode ser muito difícil para mim. Não é que eu não escute as frases. É que eu não te compreendo. Quando você me chama do outro lado do quarto, isto é o que eu escuto “BBBFFFZZZZSWERSRTDSRDTYFDYT João”. Ao invés disso, venha falar comigo diretamente com um vocabulário simples: “João, por favor, coloque o seu livro na estante. Está na hora de almoçar”. Isso me diz o que você quer que eu faça e o que vai acontecer depois. Assim é mais fácil para compreender.
4) Eu sou um “pensador concreto” (CONCRETE THINKER). O meu pensamento é concreto, não consigo fazer abstrações.Eu interpreto muito pouco o sentido oculto das palavras. É muito confuso para mim quando você diz “não enche o saco”, quando o que você quer dizer é “não me aborreça”. Não diga que “isso é moleza, é mamão com açúcar” quando não há nenhum mamão com açúcar por perto e o que você quer dizer é que isso é algo fácil de fazer. Gírias, piadas, duplas intenções, paráfrases, indiretas, sarcasmo eu não compreendo.
5) Por favor, tenha paciência com o meu vocabulário limitado. Dizer o que eu preciso é muito difícil para mim, quando não sei as palavras para descrever o que sinto. Posso estar com fome, frustrado, com medo e confuso, mas agora estas palavras estão além da minha capacidade do que eu possa expressar. Por isso, preste atenção na linguagem do meu corpo (retração, agitação ou outros sinais de que algo está errado). Por um outro lado, posso parecer como um pequeno professor ou um artista de cinema dizendo palavras acima da minha capacidade na minha idade. Na verdade, são palavras que eu memorizei do mundo ao meu redor para compensar a minha deficiência na linguagem. Porque eu sei exatamente o que é esperado de mim como resposta quando alguém fala comigo. As palavras difíceis que de vez em quando falo podem vir de livros, TV, ou até mesmo serem palavras de outras pessoas. Isto é chamado de ECOLALIA. Não consigo compreender o contexto das palavras que estou usando. Eu só sei que devo dizer alguma coisa.
6) Eu sou muito orientado visualmente porque a linguagem é muito difícil para mim. Por favor, me mostre como fazer alguma coisa ao invés de simplesmente me dizer. E, por favor, esteja preparado para me mostrar muitas vezes. Repetições consistentes me ajudam a aprender. Um esquema visual me ajuda durante o dia-a-dia. Alivia-me do stress de ter que lembrar o que vai acontecer. Ajuda-me a ter uma transição mais fácil entre uma atividade e outra. Ajuda-me a controlar o tempo, as minhas atividades e alcançar as suas expectativas. Eu não vou perder a necessidade de ter um esquema visual por estar crescendo. Mas o meu nível de representação pode mudar. Antes que eu possa ler, preciso de um esquema visual com fotografias ou desenhos simples. Com o meu crescimento, uma combinação de palavras e fotos podem me ajudar
mais tarde a conhecer as palavras.
7) Por favor, preste atenção e diga o que eu posso fazer ao invés de só dizer o que eu não posso fazer. *Como qualquer outro ser humano não posso aprender em um ambiente onde sempre me sinta inútil, que há algo errado comigo e que preciso de “CONSERTO”. Para que tentar fazer alguma coisa nova quando sei que vou ser criticado? Construtivamente ou não é uma coisa que vou evitar. Procure o meu potencial e você vai encontrar muitos! Terei mais que uma maneira para fazer
as coisas.
8) Por favor, me ajude com interações sociais. Parece que não quero brincar com as outras crianças no parque, mas algumas vezes simplesmente não sei como começar uma conversa ou entrar na brincadeira. Se você pode encorajar outras crianças a me convidarem a jogar futebol ou brincar com carrinhos, talvez eu fique muito feliz por ser incluído. Eu sou melhor em brincadeiras que tenham atividades com estrutura começo-meio-fim. Não sei como “LER” expressão facial, linguagem corporal ou emoções de outras pessoas. Agradeço se você me ensinar como devo responder socialmente. Exemplo: Se eu rir quando alguém cair do escorregador não é que eu ache engraçado. É que eu não sei como agir socialmente. Ensine-me a dizer: “você esta bem?”
9) Tente encontrar o que provoca a minha perda de controle. Perda de controle, “chilique”, birra, malcriação, escândalo, como você quiser chamar, eles são mais horríveis para mim do que para você. Eles acontecem porque um ou mais dos meus sentidos foi estimulado ao extremo. Se você conseguir descobrir o que causa a minha perda de controle, isso poderá ser prevenido – ou até evitado. Mantenha um diário de horas, lugares pessoas e atividades. Você encontrar uma seqüência pode parecer difícil no começo, mas, com certeza, vai conseguir. Tente lembrar que todo comportamento é uma forma de comunicação. Isso dirá a você o que as minhas palavras não podem dizer: como eu sinto o meu ambiente e o que está acontecendo dentro dele.
10) Se você é um membro da família me ame sem nenhuma condição. Elimine pensamentos como “Se ele pelo menos pudesse…” ou “Porque ele não pode…” Você não conseguiu atender a todas as expectativas que os seus pais tinham para você e você não gostaria de ser sempre lembrado disso. Eu não escolhi ser autista. Mas lembre-se que isto está acontecendo comigo e não com você. Sem a sua ajuda a minha chance de alcançar uma vida adulta digna será pequena. Com o seu suporte e guia, a possibilidade é maior do que você pensa. Eu prometo: EU VALHO A PENA. E, finalmente três palavras mágicas: Paciência, Paciência, Paciência. Ajuda a ver o meu autismo como uma habilidade diferente e não uma desabilidade. Olhe por cima do que você acha que seja uma limitação e veja o presente que o autismo me deu. Talvez seja verdade que eu não seja bom no contato olho no olho e conversas, mas você notou que eu não minto, roubo em jogos, fofoco com as colegas de classe ou julgo outras pessoas? É verdade que eu não vou ser um Ronaldinho “Fenômeno” do futebol. Mas, com a minha capacidade de prestar atenção e de concentração no que me interessa, eu posso ser o próximo Einstein, Mozart ou Van Gogh. Eles também tinham autismo. O que o futuro tem guardado para crianças autistas como eu, está no próprio futuro. Tudo que eu posso ser não vai acontecer sem você sendo a minha base. Pense sobre estas “regras” sociais e se elas não fazem sentido para mim, deixe de lado. Seja o meu protetor seja o meu amigo e nós vamos ver até onde eu posso ir.
“CONTO COM VOCÊ”

O que ensinar a seus filhos sobre crianças especiais

Eu cresci sem conhecer nenhuma outra criança com necessidades especiais além do Adam, um visitante frequente do resort ao qual nossas famílias iam todos os verões. Ele tinha deficiência cognitiva. As crianças zombavam dele. Fico envergonhada de admitir que eu zombei também; meus pais não faziam idéia. Eles eram pais maravilhosos, mas nunca pensaram em ter uma conversa comigo sobre crianças com necessidades especiais.
E, então, eu tive meu filho Max; ele teve um AVC no nascimento que levou à paralisia cerebral. De repente, eu tinha uma criança para quem outras crianças olhavam e cochichavam a respeito. E eu desejei tanto que seus pais falassem com elas sobre crianças com necessidades especiais.
Já que ninguém recebe um “manual de instruções da paternidade”, algumas vezes, pais e mães não sabem muito o que dizer. Eu entendo totalmente; se eu não tivesse um filho especial, eu também me sentiria meio perdida. Então, eu procurei mães de crianças com autismo, paralisia cerebral, síndrome de down e doenças genéticas para ouvir o que elas gostariam que os pais ensinassem a seus filhos sobre os nossos filhos. Considere como um guia, não a bíblia!
Pra começar, não tenha pena de mim
“Sim, algumas vezes, eu tenho um monte de coisas pra lidar — mas o que eu não tenho é uma tragédia. Meu filho é um menino brilhante, engraçado e incrível que me traz muita alegria e que me enlouquece às vezes. Você sabe, como qualquer criança. Se você tiver pena de mim, seu filho vai ter também. Aja como você agiria perto de qualquer outro pai ou mãe. Aja como você agiria perto de qualquer criança.”
— Ellen Seidman, do blog “Love That Max”; mãe do Max, que tem paralisia cerebral
Ensine seus filhos a não sentir pena dos nossos
“Quando a Darsie vê crianças (e adultos!) olhando e encarando, ela fica incomodada. Minha filha não se sente mal por ser quem ela é. Ela não se importa com o aparelho em seu pé. Ela não tem autopiedade. Ela é uma ótima garota que ama tudo, de cavalos a livros. Ela é uma criança que quer ser tratada como qualquer outra criança—independente dela mancar. Nossa família celebra as diferenças ao invés de lamentá-las, então nós te convidamos a fazer o mesmo.”
— Shannon Wells, do blog “Cerebral Palsy Baby”; mãe da Darsie, que tem paralisia cerebral
Use o que eles tem em comum
“Vai chegar uma hora em que o seu filhinho vai começar a te fazer perguntas sobre por que a cor de uma pessoa é aquela, ou por que aquele homem é tão grande, ou aquela moça é tão pequena. Quando você estiver explicando a ele que todas as pessoas são diferentes e que nós não somos todos feitos do mesmo jeito, mencione pessoas com deficiências também. Mas tenha o cuidado de falar sobre as similaridades também—que uma criança na cadeira de rodas também gosta de ouvir música, e ver TV, e de se divertir, e de fazer amigos. Ensine aos seus filhos que as crianças com deficiências são mais parecidas com eles do que são diferentes.”
— Michelle, do blog “Big Blueberry Eyes”; mãe da Kayla, que tem Síndrome de Down
Ensine as crianças a entender que há várias formas de se expressar
“Meu filho Bejjamin faz barulhos altos e bem agudos quando ele está animado. Algumas vezes, ele pula pra cima e pra baixo e sacode os braços também. Diga aos seus filhos que a razão pela qual crianças autistas ou com outras necessidades especiais fazem isso é porque elas tem dificuldades pra falar, e é assim que elas se expressam quando estão felizes, frustradas ou, algumas vezes, até mesmo por alguma coisa que estão sentindo em seus corpos. Quando Benjamim faz barulhos, isso pode chamar a atenção, especialmente se estamos em um restaurante ou cinema. Então, é importante saber que ele não pode, sempre, evitar isso. E que isso é, normalmente, um sinal de que ele está se divertindo.”
— Jana Banin, do blog “I Hate Your Kids (And Other Things Autism Parents Won’t Say Out Loud)”; mãe de Benjamin, que é autista
Saiba que fazer amizade com uma criança especial é bom para as duas crianças
“Em 2000, quando meu filho foi diagnosticado com autismo, eu tive muita dificuldade em arrumar amiguinhos para brincar com ele. Vários pais se assustaram, a maior parte por medo e desconhecimento. Fiquei sabendo que uma mãe tinha medo do autismo do meu filho ser “contagioso”. Ui. Treze anos mais tarde, sou tão abençoada por ter por perto várias famílias que acolheram meu filho de uma forma que foi tão benéfica para o seu desenvolvimento social. Fico arrepiada de pensar nisso. A melhor coisa que já ouvi de uma mãe foi o quanto a amizade com o meu filho foi importante para o filho dela! Que a sua proximidade com o RJ fez dele uma pessoa melhor! Foi uma coisa tão bonita de se dizer. Quando tivemos o diagnóstico, ouvimos que ele nunca teria amigos. Os amigos que ele tem, agora, adorariam discordar. Foram os pais deles que facilitaram essa amizade e, por isso, serei eternamente grata.”
— Holly Robinson Peete, fundadora (com o marido Rodney Peete) da Hollyrod Roundation; mãe do RJ, que é autista (é ele, na foto abaixo, com sua irmã Ryan)
Encoraje seu filho a dizer “oi”
“Se você pegar seu filho olhando pro meu, não fique chateada — você só deve se preocupar se ele estiver sendo rude, mas crianças costumar reparar umas nas outras. Sim, apontar, obviamente, não é super educado, e se seu filho apontar para uma criança com necessidades especiais, você deve dizer a ele que isso é indelicado. Mas quando você vir seu filho olhando para o meu, diga a ele que a melhor coisa a fazer é sorrir pra ele ou dizer “oi”. Se você quiser ir mais fundo no assunto, diga a ele que crianças com necessidades especiais nem sempre respondem da forma como a gente espera, mas, ainda assim, é importante tratá-las como tratamos as outras pessoas.”
— Katy Monot, do blog “Bird On The Street”; mãe do Charlie, que tem paralisia cerebral.
Encoraje as crianças a continuar falando
“As crianças sempre se perguntam se o Norrin pode falar, especialmente quando ele faz seu “barulhinho alto corriqueiro”. Explique ao seu filho que é normal se aproximar de outra criança que soa um pouco diferente. Algumas crianças podem não conseguir responder tão rápido, mas isso não significa que elas não tem nada a dizer. Peça ao seu filho para pensar no seu filme favorito, lugar ou livro—há grandes chances da outra criança gostar disso também. E a única forma dele descobrir isso é perguntando, da mesma forma que faria com qualquer outra criança.”
— Lisa Quinones-Fontanez, do blog “Autism Wonderland”; mãe do Norrin, que é autista
Dê explicações simples
“Algumas vezes, eu penso que nós, pais, tendemos a complicar as coisas. Usando alguma coisa que seus filhos já conhecem, algo que faça sentido pra eles, você faz com que a “necessidade especial” se torne algo pessoal e fácil de entender. Eu captei isso uns anos atrás, quando meu priminho me perguntou “por que o William se comunicava de forma tão diferente dele e de seus irmãos”. Quando eu respondi que ele simplesmente nasceu assim, a resposta dele pegou no ponto: “Ah, assim como eu nasci com alergias”. Ele sabia como era viver com algo que se tem e gerenciar isso para viver diariamente. Se eu tivesse dito a ele que os músculos da boca de William tem dificuldade em formar palavras, o conceito teria se perdido na cabeça dele. Mas alergia fazia sentido pra ele. Simplicidade é a chave.”
— Kimberly Easterling, do blog “Driving With No Hands”; mãe do William e da Mary, ambos com Síndrome de Down
Ensine respeito às crianças com seus próprios atos
“Crianças aprendem mais com suas ações que com suas palavras. Diga “oi” para a minha filha. Não tenha medo ou fique nervosa perto dela. Nós realmente não somos tão diferentes de vocês. Trate minha filha como trataria qualquer outra criança (e ganhe um bônus se fizer um comentário sobre o lindo cabelo dela!). Se tiver uma pergunta, faça. Fale para o seu filho sobre como todo mundo é bom em coisas diferentes, e como todo mundo tem dificuldades a trabalhar. Se todo o resto falhar, cite a frase do irmão de Addison: “bem, todo mundo é diferente!”.”
— Debbie Smith, do blog “Finding Normal”; mãe de Addison, que tem Trissomina 9
Ajude as crianças a ver que, mesmo crianças que não falam, entendem
“Nós estávamos andando pelo playground e a coleguinha da minha filha não parava de encarar o meu filho, que é autista e tem paralisia cerebral. Minha filha chamou a atenção da colega rapidinho: “Você pode dizer “oi” pro meu irmão, você sabe. Só porque ele não fala, não significa que ele não ouve você”. Jack não costuma falar muito, mas ele ouve tudo ao redor dele. Ensine aos seus filhos que eles devem sempre assumir que crianças especiais entendem o que está sendo dito, mesmo sem poderem falar. É por isso que eles não vão dizer “o que ele tem de errado?”, mas poderão até dizer “Como vai?”.”
— Jennifer Byde Myers, dos blogs “Into The Woods” e “The Thinking Person’s Guide To Autism”; mãe do Jack, que tem autismo e paralisia cerebral.
Inicie uma conversa
“Nós estávamos no children’s museum e um garotinho não parava de olhar para Charlie com seu andandor, e a mãe dele sussurrou em seu ouvido para não encarar porque isso era indelicado. Ao invés disso, eu adoraria que ela tivesse dito “esse é um andador muito interessante, você gostaria de perguntar ao garotinho e à sua mãe mais a respeito dele?”.”
— Sarah Myers, do blog “Sarah & Joe (And Charlie Too!)”; mãe do Charlie, que tem paralisia cerebral
Não se preocupe com o constrangimento
“Vamos combinar de não entrar em pânico caso seu filho diga algo embaraçoso. Você sabe, tipo se nós estivermos na fila do Starbucks e o seu filho olhar para a Maya e pra mim e disser algo como “Eca! Por que ela está babando?” ou “Você é mais gorda que a minha mãe”. Embora esses não sejam exemplos ideais de início de conversa, eles mostram que o seu filho está interessado e curioso o suficiente para fazer contato e perguntar. Por favor, não gagueje um “mil desculpas” e arraste seu filho pra longe. Vá em frente e diga baixinho o pedido de desculpas, se você precisar, mas deixe-me aproveitar a oportunidade: vou explicar a parte da baba e apresentar Maya e contar da paixão dela por crocodilos, e você pode ser a coadjuvante no processo, dizendo “lembra quando nós vimos crocodilos no zoológico?” ou coisa parecida. Quando chegarmos ao caixa, o constrangimento vai ter passado, Maya terá curtido conhecer alguém novo, e eu terei esperanças de que seu filho conseguiu ver Maya como uma criança divertida, ao invés de uma “criança que baba”. (E eu irei simplesmente fingir que não ouvi a parte do “mais gorda que a minha mãe”).”
— Dana Nieder, do blog “Uncommon Sense”; mãe da Maya, que tem uma síndrome genética não diagnosticada


O ATEC e suas escalas
A Autism Treatment Evaluation Checklist (ATEC) é uma ferramenta simples, mas eficaz para medir a eficácia de vários tratamentos do autismo.


QUAL É O ATEC DO SEU FILHO?
Neste link tem o ATEC traduzido e o resultado sai na hora!
Lembrando que o resultado abaixo de 10 significa que a criança está fora do espectro autista.

indústria do autismo": alguns métodos e terapias de tratamento que não respeitam o corpinho da criança e nem a sua individualidade, promessas de cura abusando da inteligência do ser humano, usando essas crianças de cobaias em experiências sem função nenhuma, apenas para satisfazerem seus "egos", testes e mais testes invasivos nessas crianças usando de pais fragilizados e ávidos por respostas sem pensar nos efeitos de algumas medicações, suplementos e alimentos ...O Autismo é a Ciência do Amor e da Paciência...o que dá certo para uma criança, para outra pode não dar. NADA SUBSTITUI O ACOMPANHAMENTO MÉDICO!!!Médicos, nutricionistas, terapeutas, professores, mediadores, supervisores ,pais e familiares precisam estar SINCRONIZADOS! QUE TODOS NÓS SEJAMOS GUIADOS POR DEUS EM NOSSAS AÇÕES...é a vida de um ser humano (nossos filhos) que está em jogo! Pensem nisso!!