domingo, 9 de novembro de 2014

Recurso para desenho com crianças em condições de paralisia cerebral

                                                                                                                               Por Ana Elizabeth Prado
                                                                                                                                     Crefito 3/1670 TO
Quem tem um filho com "paralisia cerebral" ( não sou simpatizante deste termo, mas é como todo mundo conhece) ou em qualquer condição de disfunção neuromotora sabe como é difícil achar utensílios para desenho e pintura . Fica ainda mais difícil quando existe alguma disfunção sensorial associada. Normalmente precisa de um terapeuta ocupacional para adaptar os materiais principalmente para as crianças com dificuldades na preensão e manutenção do objeto nas mãos.
Em dezembro estava garimpando nas lojas e achei este material da Faber Castell dirigido às crianças pequenas que estão iniciando os primeiros rabiscos e que usam a preensão palmar.


Logo vi que poderia servir para aquelas crianças com alteração de tônus e que precisam segurar o utensílio com toda a mão. É um estojo de quatro cores com um bom tamanho para preensão palmar, e a cada vez que entra em contato com o papel a tinta escoa numa quantidade precisa. Além disso, o traçado é mais grosso facilitando para quem tem alteração na função visual podendo brincar e exercitar a coordenação motora e visuo-espacial.



Para algumas crianças pode ser usado um recurso auxiliar para ajudar a manutenção do tubo de tinta na mão como por ex uma faixa ou elástico. Peça dicas à terapeuta ocupacional do seu filho.
Fica aqui a minha sugestão e boa diversão para a garotada nestas férias!

Atualizando....como tem muita gente procurando o material e não encontra me mandaram esta sugestão com material reciclável. Infelizmente não sei quem foi o criador, mas fica a dica. Quem souber a autoria me avisa, achei muito boa.


SEGUNDA-FEIRA, 22 DE OUTUBRO DE 2012

Livro com jogos e brinquedos adaptados para crianças com deficiência visual

Toda criança tem o direito e precisa brincar!
Mas nem sempre é tranquilo pois existem alguns motivos que podem dificultar o acesso ao universo lúdico. Como nos casos em que a criança apresente algum impedimento orgânico seja ele mental, físico e/ou sensorial.

Sabemos que a maioria dos brinquedos não são adaptados para crianças com alguma disfunção. Mas elas tem o interesse e necessidade como qualquer criança. Falo isso em outras postagens 
http://terapiaocupacional-bethprado.blogspot.com.br/2011/02/delicadeza-entre-querer-e-poder-brincar.html
Desta vez deixo o link para acessar um livro muito bom que fala de jogos e brincadeiras para crianças com deficiência visual promovendo a inclusão tão necessária para se viver em comunidade. Vai lá!
http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/brincartodos.pdf

SEGUNDA-FEIRA, 21 DE FEVEREIRO DE 2011

Estimulação Visual e Brincar - A delicadeza entre querer e poder brincar - cuidados especiais nas brincadeiras de crianças com diminuição da visão em consequência a algum dano cerebral - parte II

Por Ana Elizabeth Prado
Credito 3/1670 TO

De modo geral o que precisamos priorizar em um programa de intervenção :
-dar preferência por brinquedos com padrão de alto contraste e de cores vibrantes. Evidenciar o contorno dos objetos e imagens e enfatizar os detalhes para a construção da imagem mental. Tudo isso para potencializar a integração da informação visual durante as atividades cotidianas como brincar, hora do banho, hora de comer, pois além dos brinquedos, os utensílios de alimentação, higiene e vestuário devem ser cuidadosamente adaptados do ponto de vista visual.
Integrar a função visual em todas as atividades cotidianas incentiva a formação de novas redes neurais para a aprendizagem funcional e significativa

Muitos brinquedos podem ser confeccionados com materiais recicláveis. Com um pouco de imaginação, conhecimento e criatividade podemos fazer brinquedosinteressantes de se ver.
-adequar iluminação do ambiente e objetos. Muitas vezes para manter a atenção a criança precisa brincar com iluminação reduzida ou um foco luminoso dirigido ao brinquedo, como por exemplo, iluminar o rosto da mãe para fazer brincadeiras face a face.
-manuseio* – esse é um termo comum para quem lida com pessoas com alteração da postura e movimento. O terapeuta especializado tem o domínio do manuseio e posturas, e fará vivências com a família dando dicas práticas para as atividades cotidianas. Além disso, quando tocamos alguém estamos interferindo de algum modo na sua ação e percepção. São trocas contínuas de temperatura, pressão, memória, humor, afetos. Por isso o nosso cuidado deve ser redobrado em crianças com baixa visão e disfunção neuromotora. É um diálogo, no mínimo, corporal. É importante para criança saber que vai ser tocada, o terapeuta perceber a permissão da criança, além de avaliar se existe algum distúrbio de modulação sensorial para a terapia não se transformar em momentos de tensão.
Dar oportunidades para descobertas diárias priorizando vivências com o tempo necessário. A exploração para aprender vem com a repetição natural e espontânea no brincar com significado.  “Treinos para estimulação visual” sem significado não são importantes. Por isso que o terapeuta e a família precisam descobrir junto com a criança situações contextuais para ela aprender a usar a visão residual brincando.
No brincar da criança com baixa visão de origem central o que mais chama atenção é o cuidado que devemos ter do momento mágico entre o querer e o poder. Precisamos refinar a nossa percepção para encontrar o momento e o jeito mais propício de favorecer um caminho de aprendizagem em constante descoberta e prazer. A intervenção do terapeuta ocupacional é buscar dar sentido as ocupações da criança e que estas sejam sustentáveis no sentir, movimentar, interagir, descobrir, repetir e aprender.
Que os ambientes, os objetos, as pessoas, e o próprio corpo sejam convidativos para ver e interagir.

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