domingo, 30 de novembro de 2014



(...) nós tivemos uma menina chamada Keri no nosso Programa Son-Rise Intensivo (um programa onde trabalhamos diretamente com a criança), que balançava as mãos pelo lado de fora das bordas de seus olhos, próximo às têmporas. Os pais dela - que amavam muito sua filha – ficavam constantemente tentando impedi-la de fazer isto. “Abaixe as mãos, querida”, eles diziam, e em seguida, pegavam suavemente seus pulsos e empurrava as mãos dela para baixo.
Nós ensinamos os pais de Keri usarem o "juntar-se" para ajudá-la, mas não é por isso que eu estou falando sobre ela. Eu estou dizendo isso porque, mais tarde, Keri foi examinada por um oftalmologista, que contou aos pais que as hastes (células) em suas retinas eram defeituosas. (Você tem hastes e cones em suas retinas. Os cones enxergam as cores e para frente, as hastes enxergam a visão preto e branco, periférica, e estão envolvidas na percepção de profundidade.) Este médico passou a explicar que, quando Keri balançava as mãos na borda externa de sua visão, ela estimulava as hastes em suas retinas, contribuindo-se para enxergar melhor enquanto ela andava pelo quarto, na calçada, etc. Então, essa menina estava apenas tentando ver, e todos ao seu redor tentando, é claro que para ajudá-la, estavam dizendo “ Acalma essas mãos” e tiravam as mãos dela para longe de seus olhos.(...)
Raun Kaufman (A primeira "criança" Son-Rise)

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