sábado, 29 de agosto de 2015

Sintomas e características do autismo leve

Os sintomas e características do autismo leve podem abranger uma destas 3 áreas:
  • Problemas na comunicação, como não conseguir falar corretamente, dar uso indevido às palavras, não saber expressar-se utilizando palavras;
  • Dificuldade na socialização, como dificuldade em ter amigos, em iniciar ou manter uma conversa, olhar nos olhos;
  • Alterações de comportamento, como padrão repetitivo de movimentos e fixação por objetos.
Algumas características do autismo que podem ajudar no seu diagnóstico são:
  • Relacionamento interpessoal afetado;
  • Riso inapropriado;
  • Não olhar nos olhos;
  • Frieza emocional;
  • Poucas demostrações de dor;
  • Gostar de brincar sempre com o mesmo brinquedo ou objeto;
  • Dificuldade em focar-se numa tarefa simples e concretizá-la;
  • Prefere ficar só do que brincar com outras crianças;
  • Aparentemente não ter medo nenhum de situações perigosas;
  • Ficar repetindo palavras ou frase em locais inapropriados;
  • Não responde quando é chamado pelo nome como se fosse surdo;
  • Acessos de raiva;
  • Dificuldade em expressar seus sentimentos com fala ou gestos.
Os autistas leves geralmente são muito inteligentes e extremamente sensíveis a mudanças inesperadas. O diagnóstico do autismo leve pode ser feito pelo psiquiatra em qualquer fase da vida do indivíduo, mas geralmente ocorre na infância.

O que fazer se suspeitar de autismo leve

Em caso de suspeita de autismo leve deve-se conversar com um psicólogo ou levar a criança ao pediatra para que sejam realizados testes que ajudam no diagnóstico.
O comportamento da criança deve ser avaliado pelos seus familiares e também pela escola, se a criança a frequentar. Por vezes, o autismo leve meses até ser diagnosticado porque é comum que achem que a criança é mal educada ou faz birras porque suas características não são tão claras como ocorre no autismo.

Autismo leve tem cura?

Na maioria das vezes o autismo leve não tem cura, o que acontece é que com a estimulação e os tratamento de fonoaudiologia, terapia ocupacional, psicologia e educação adequada e especializada, ao autista consegue atingir um desenvolvimento mais próximo do normal.
Entretanto, existem relatos de casos de pacientes que foram diagnosticados com autismo antes dos 5 anos de idade que parecem ter alcançado a cura através do tratamento com uma equipe multidisciplinar, mas ainda não são necessários mais estudos que comprovem como o tratamento possa curar o autismo.

Como lidar com o autismo leve

O tratamento para o autismo leve nem sempre é necessário, mas pode ser feito através da psicoterapia, por exemplo. Esta ciência irá ajudar o autista a se desenvolver e a interagir melhor com os outros, facilitando sua vida e a dos demais.
A maioria dos autistas necessita de auxilio para a realização de algumas tarefas, mas é capaz de adquirir independência para realizar a maioria das atividades de vida diária, mas tudo vai depender do seu grau de comprometimento e interesse.

Veja como os tratamentos podem ajudar a conviver com o autismo:



Queridos pais e profissionais, a criança com autimo leve não tem dificuldades de aprendizagem.Estas crianças alfabetizam -se dentro de sua fase, muitas delas alfabetizam-se sózinhas. As dificuldades acontecem quando o Espectro Autista vem associado ao TDAH, ADNPM e Deficiência Intelectual, nesse caso não é leve e sim moderado. O Renan Rosa, por exemplo é leve, não tem TDAH, porém possui comprometimento no comportamento, ou seja, possui estereotípias e rotina. Estas comorbidades, não interferem na aprendizagem. Sendo assim, precisamos entender as diferenças entre os AUTISMOS, nenhum é igual ao outro. Penso eu, que o mais importante é aceitação dos pais em relação ao nivel do autismo, não importa se vão se alfabetizar ou não,o importante é a qualidade de vida, respeito, amor e acreditar que tudo é possivél, acreditar no potencial e habilidades dos nossos pequenos, acreditar nas inteligências múltiplas, o fato de não estar alfabetizado não significa que não possua habilidades para outras áreas..Vamos olhar para a pessoa e não para o Autismo.

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

 Enceerrando as atividades da Semana Nacional Da Pessoa com Deficiência Intelectual e Multipla
       Exposição dos trabalhos pedagogicos e funcionais dos alunos da APAE de Aparecida.
PISO
















terça-feira, 25 de agosto de 2015

TJ Aparecida | Pessoas com mobilidade reduzida sofrem obstáculos para ut...

Amigos, assistam por favor.
Parabéns Manuela. Feliz por você..
Não podemos ficar calados, chega precisamos dar um basta na discriminação e fazer valer os direitos da Pessoa com Deficiencia.

A Lei precisa ser cumprida.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L10098.htm


domingo, 23 de agosto de 2015

APAE de Aparecida
Oficina de Reciclagem.
Objetivos:
Promover a formação de cidadãos éticos e conscientes frente à preservação do meio ambiente, desenvolvendo a criatividade na produção de objetos utilitários e decorativos, a partir do reaproveitamento de materiais recicláveis, ampliando a qualidade de vida e leitura de mundo














Sala de Recurso.

Objetivo: Desenvolver a coordenação viso-motor e a interação entre aluno/professor através da brincadeira “Pescaria das consoantes e vogais.”;





quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Amor Vida Autismo - Love Life Autism | Joe Santos | TEDxOPorto

EDUCAÇÃO DE AUTISTAS SEGUNDO A LEI 13.146/2015

- ESTATUTO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA - 
LEI BRASILEIRA DE INCLUSÃO

CAPÍTULO IV
DO DIREITO À EDUCAÇÃO

Art. 27.  A educação constitui direito da pessoa com deficiência,assegurados sistema educacional inclusivo em todos os níveis e aprendizado ao longo de toda a vida, de forma a alcançar o máximo desenvolvimento possível de seus talentos e habilidades físicas, sensoriais, intelectuais e sociais, segundo suas características, interesses e necessidades de aprendizagem.
Parágrafo único.  É dever do Estado, da família, da comunidade escolar e da sociedade assegurar educação de qualidade à pessoa com deficiência, colocando-a a salvo de toda forma de violência, negligência e discriminação.

Art. 28.  Incumbe ao poder público assegurar, criar, desenvolver, implementar, incentivar, acompanhar e avaliar:
I - sistema educacional inclusivo em todos os níveis e modalidades, bem como o aprendizado ao longo de toda a vida;
II - aprimoramento dos sistemas educacionais, visando a garantir condições de acesso, permanência, participação e aprendizagem, por meio da oferta de serviços e de recursos de acessibilidade que eliminem as barreiras e promovam a inclusão plena;
III - projeto pedagógico que institucionalize o atendimento educacional especializado, assim como os demais serviços e adaptações razoáveis, para atender às características dos estudantes com deficiência e garantir o seu pleno acesso ao currículo em condições de igualdade, promovendo a conquista e o exercício de sua autonomia;
IV - oferta de educação bilíngue, em Libras como primeira língua e na modalidade escrita da língua portuguesa como segunda língua, em escolas e classes bilíngues e em escolas inclusivas;
V - adoção de medidas individualizadas e coletivas em ambientes que maximizem o desenvolvimento acadêmico e social dos estudantes com deficiência, favorecendo o acesso, a permanência, a participação e a aprendizagem em instituições de ensino;
VI - pesquisas voltadas para o desenvolvimento de novos métodos e técnicas pedagógicas, de materiais didáticos, de equipamentos e de recursos de tecnologia assistiva; 
VII - planejamento de estudo de caso, de elaboração de plano de atendimento educacional especializado, de organização de recursos e serviços de acessibilidade e de disponibilização e usabilidade pedagógica de recursos de tecnologia assistiva;
VIII - participação dos estudantes com deficiência e de suas famílias nas diversas instâncias de atuação da comunidade escolar;
IX - adoção de medidas de apoio que favoreçam o desenvolvimento dos aspectos linguísticos, culturais, vocacionais e profissionais, levando-se em conta o talento, a criatividade, as habilidades e os interesses do estudante com deficiência;
X - adoção de práticas pedagógicas inclusivas pelos programas de formação inicial e continuada de professores e oferta de formação continuada para o atendimento educacional especializado;
XI - formação e disponibilização de professores para o atendimento educacional especializado, de tradutores e intérpretes da Libras, de guias intérpretes e de profissionais de apoio;
XII - oferta de ensino da Libras, do Sistema Braille e de uso de recursos de tecnologia assistiva, de forma a ampliar habilidades funcionais dos estudantes, promovendo sua autonomia e participação;
XIII - acesso à educação superior e à educação profissional e tecnológica em igualdade de oportunidades e condições com as demais pessoas; 
XIV - inclusão em conteúdos curriculares, em cursos de nível superior e de educação profissional técnica e tecnológica, de temas relacionados à pessoa com deficiência nos respectivos campos de conhecimento;
XV - acesso da pessoa com deficiência, em igualdade de condições, a jogos e a atividades recreativas, esportivas e de lazer, no sistema escolar;
XVI - acessibilidade para todos os estudantes, trabalhadores da educação e demais integrantes da comunidade escolar às edificações, aos ambientes e às atividades concernentes a todas as modalidades, etapas e níveis de ensino;
XVII - oferta de profissionais de apoio escolar;
XVIII - articulação intersetorial na implementação de políticas públicas.
§ 1o  Às instituições privadas, de qualquer nível e modalidade de ensino, aplica-se obrigatoriamente o disposto nos incisos I, II, III, V, VII, VIII, IX, X, XI, XII, XIII, XIV, XV, XVI, XVII e XVIII do caput deste artigo, sendo vedada a cobrança de valores adicionais de qualquer natureza em suas mensalidades, anuidades e matrículas no cumprimento dessas determinações.
§ 2o  Na disponibilização de tradutores e intérpretes da Libras a que se refere o inciso XI do caput deste artigo, deve-se observar o seguinte:
I - os tradutores e intérpretes da Libras atuantes na educação básica devem, no mínimo, possuir ensino médio completo e certificado de proficiência na Libras;         (Vigência)
II - os tradutores e intérpretes da Libras, quando direcionados à tarefa de interpretar nas salas de aula dos cursos de graduação e pós-graduação, devem possuir nível superior, com habilitação, prioritariamente, em Tradução e Interpretação em Libras.        (Vigência)

Art. 29.  (VETADO).

Art. 30.  Nos processos seletivos para ingresso e permanência nos cursos oferecidos pelas instituições de ensino superior e de educação profissional e tecnológica, públicas e privadas, devem ser adotadas as seguintes medidas:
I - atendimento preferencial à pessoa com deficiência nas dependências das Instituições de Ensino Superior (IES) e nos serviços;
II - disponibilização de formulário de inscrição de exames com campos específicos para que o candidato com deficiência informe os recursos de acessibilidade e de tecnologia assistiva necessários para sua participação;
III - disponibilização de provas em formatos acessíveis para atendimento às necessidades específicas do candidato com deficiência;
IV - disponibilização de recursos de acessibilidade e de tecnologia assistiva adequados, previamente solicitados e escolhidos pelo candidato com deficiência;
V - dilação de tempo, conforme demanda apresentada pelo candidato com deficiência, tanto na realização de exame para seleção quanto nas atividades acadêmicas, mediante prévia solicitação e comprovação da necessidade;
VI - adoção de critérios de avaliação das provas escritas, discursivas ou de redação que considerem a singularidade linguística da pessoa com deficiência, no domínio da modalidade escrita da língua portuguesa;
VII - tradução completa do edital e de suas retificações em Libras.

Art. 127.  Esta Lei entra em vigor após decorridos 180 (cento e oitenta) dias de sua publicação oficial.

Brasília, 6 de julho de 2015; 194o da Independência e 127o da República.
         Este texto não substitui o publicado no DOU de 7.7.2015

terça-feira, 06 de agosto de 2015

Longe da Ritalina: alternativas no tratamento do Transtorno do Déficit de Atenção

Na contracorrente da medicalização no combate à hiperatividade e ao déficit de atenção, as terapias orientais conquistam seguidores levando em conta a complexidade do indivíduo
O yoga possibilita uma melhora em relação à concentração; Além dos exercícios respiratórios, os asanas (posturas) vão sendo trabalhados a partir de uma história.
 Foto: Ricardo Fernandes/Arquivo DP/D.A
   O yoga possibilita uma melhora em relação à concentração; Além dos exercícios respiratórios, os asanas (posturas) vão sendo trabalhados a partir de uma história
Foto: Ricardo Fernandes/Arquivo DP/D.A Press
Distração, desatenção, agitação, impulsividade, esquecimento, desorganização. Características do transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) ou comuns às crianças? O processo de medicamentização das reações humanas, como tristeza, medo, insônia, chegou também à infância? A cada dia, aumenta o volume de diagnósticos e prescrições de drogas como alternativa para o controle de alterações orgânicas relacionadas ao funcionamento cerebral e do comportamento.
No best seller Saving normal, ainda inédito no Brasil, Allen Frances, um dos psiquiatras mais influentes do mundo, faz uma séria e urgente crítica à medicalização generalizada e a mais nova edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais-5 (DSM-5), a “bíblia da psiquiatria” que dirigiu durante anos. O médico adverte: a principal referência acadêmica da especialidade ampliou enormemente o número de transtornos patológicos e está convertendo milhões de pessoas normais em "pacientes mentais".
Em entrevista ao jornal El País, o psiquiatra confessa a incapacidade de reverter a ideia, construída pelos laboratórios, de que o transtorno psiquiátrico é algo muito comum e de fácil solução. “Não há evidência em longo prazo de que a medicação contribua para melhorar os resultados escolares. Em curto prazo, pode acalmar a criança, inclusive ajudá-la a se concentrar melhor em suas tarefas. Mas em longo prazo, esses benefícios não foram demonstrados”, afirma. Frances diz, inclusive, que está conduzindo um experimento em grande escala com crianças medicadas, porque ainda não se sabe que efeitos adversos esses fármacos podem ter com o passar do tempo.

"Assim como não nos ocorre receitar testosterona a uma criança para que renda mais no futebol, tampouco faz sentido tentar melhorar o rendimento escolar com fármacos", declara. A receita de Allen Frances é simples: a sociedade precisa aceitar as diferenças entre as crianças, elas não cabem em um molde de normalidade cada vez mais estreito. "É muito fácil fazer um diagnóstico errôneo, mas muito difícil reverter os danos que isso causa. Tanto no social como pelos efeitos adversos que o tratamento pode ter".
Concordando com o psiquiatra norte-americano, vem ganhando voz no mundo uma corrente crítica às terapias medicamentosas. "O próximo passo é conscientizar as pessoas de que remédio demais faz mal para a saúde", defende Frances, para quem caberia ao Ministério da Saúde difundir esta prática. Para profissionais como ele, o tratamento de patologias como TDAH devem ser observadas em sua complexidade e singularidade, já que podem ser causadas por fatores biológicos e sociais, com componentes ambientais, e, por isso mesmo, receber tratamentos alternativos capazes de ajudar na busca por mais serenidade, foco, concentração. Não por acaso, as terapias holísticas orientais vêm sendo “redescobertas” .
Desequilíbrio entre o yin e o yang
"Na medicina oriental, tratamos do todo, olhamos para a pessoa com uma lente grande angular... A mente do médico alopata é muito pequena", afirma o acupunturista Gustavo Sá Carneiro.
 
Foto: Juliana Leitão/Arquivo DP/D.A.Press
Formado em medicina pela Universidade de Pernambuco (UPE), membro da Associação Brasileira de Acupuntura e com cursos na Associação Francesa e na Academia de Medicina Tradicional Chinesa, em Pequim, o homeopata e acupunturista Gustavo Sá Carneiro não tem dúvidas de que é possível sim, tratar o TDHA sem oferecer a Ritalina ou Conserta (drogas derivadas da anfetamina que têm o Metilfenidato como principio ativo). "A medicina ocidental é imediatista, não vê o indivíduo como um todo, mas em partes. É um erro incrível. Na medicina oriental, tratamos do todo, olhamos para a pessoa com uma lente grande angular, uma 'olho-de-peixe'. A mente do médico alopata é muito pequena, muito autorreferente", queixa-se, apontando como alternativa a homeossiniatria, que integra dois sistemas terapêuticos complementares: a acupuntura e a homeopatia.
"Essas pessoas têm alterações de pulso correspondentes a determinados órgãos, o baço e o fígado, que levam a nutrição ao córtex cerebral. Falta sangue no córtex. Há um desequilíbrio entre o yin, que é a nutrição, e o yang, que é a distribuição, a manutenção da circulação do sangue. As células neurais recebem pouca nutrição, causando distração. As pessoas não se concentram direito. O tratamento para suprir essa deficiência atua nos pontos de tonificação do fígado e do baço e mantém esse nível estável", simplifica. Um hábito adotado pelo próprio médico também pode fazer parte da solução. Ele não usa celular ou computador. Alega que as ondas emitidas podem afetar o equilíbrio energético do corpo e o cansaço na visão, devido à grande exposição à luz. Para o médico, os olhos são a janela do fígado e a visão desgastada traz reflexos diretos ao órgão.
Segundo Sá Carneiro, o diagnóstico e o tratamento devem ser feitos a partir dos cinco anos de idade, quando o pulso da criança estabelece uma identidade, algo mais consciente. A anamnese avalia o indivíduo desde a vida uterina. "É preciso saber como a criança nasceu, acompanhar seu histórico, saber se a mãe foi saudável no período da gravidez, se sofreu uma queda ou teve infecções graves, estresse grande, depressão. O filho geralmente traz essa resposta. Ainda no útero, a criança pode passar por uma deficiência de serotonina", acrescenta, adiantando que o pulso da mãe também pode ser verificado "porque tem uma memória", explica.
A partir do diagnóstico, é estabelecida a terapia. "O tratamento é para a pessoa, não para a doença. É preciso verificar quais são as insuficiências, os excessos de cada órgão e fazer esse equilíbrio. É preciso prestar atenção à criança. O diagnóstico vai se consolidando durante o processo e esse movimento atrai novas medicações, todas exatas e muito pessoais. Acaba uma ação e começa outra, porque durante o tratamento, o pulso muda", explica. Para o especialista, o próprio corpo vai se organizando naturalmente e a pessoa descobre ela mesma um equilíbrio espontâneo. Segundo ele, o efeito é surtido nos sistemas neurais que fazem um outro tipo de aprendizagem, começando a sentir essas alterações a partir dos novos estímulos.
A alimentação também pode ter um papel fundamental nesse processo: quanto menos açúcar, melhor; crustáceos nunca, devendo ser evitados também carne de porco ou derivados, coco e chocolate. "O açúcar é muito quente, sobrecarrega o fígado, órgão mais quente do corpo, causa a hiperatividade do fígado e a criança fica completamente plena de calor, não dorme, fica desatenta. Gordura e fritura alteram o fígado e a vesícula", contraindica Sá Carneiro.
Os alimentos indicados são frutas, verduras, cereais, reservas de nutrição. Frutas, preferencialmente as cítricas. Os cereais ideais são arroz integral, grão-de-bico, lentilha e ervilha. Entre as carnes, as de boi, galinha (cozida e depois assada para acabar com os aditivos, antibióticos e hormônios) e peixe (de preferência de mar e escamas). O médico sugere ainda experimentar alimentos amargos como rabanete e escarola e explica: "O amargo agrupa e o açúcar amolece, embota os pensamentos".
Consciência do corpo pelo yoga
O yoga possibilita uma melhora em relação à concentração; Além dos exercícios respiratórios, os asanas (posturas) vão sendo trabalhados a partir de uma história.

Foto: Ricardo Fernandes/Arquivo DP/D.A Press    
O yoga possibilita uma melhora em relação à concentração; Além dos exercícios respiratórios, os asanas (posturas) vão sendo trabalhados a partir de uma história.
Foto: Ricardo Fernandes/Arquivo DP/D.A Press
Para as crianças a partir dos seis anos, ele orienta ainda o Yoga, como fez com os próprios filhos em busca de tranquilidade, concentração. No Recife, algumas clínicas e escolas oferecem a prática para o público infantil. Encantada pelos benefícios do Yoga em sua vida, a pedagoga, coordenadora pedagógica e psicomotricista relacional Tércia Pereira resolveu levar as aulas para dentro da escola. "Temos crianças com vários diagnósticos e é fato que o Yoga possibilita uma melhora em relação à concentração. Os exercícios respiratórios são uma grande oportunidade de parar, acalmar. Temos crianças autistas, com Síndrome de Down, sendo beneficiadas sim", garante a profissional do Colégio Apoio, zona norte do Recife.
As aulas, de meia hora, acontecem duas vezes por semana para alunos do segundo ciclo, a partir dos seis anos de idade. Os asanas, posturas que têm nomes de animais, plantas e elementos da natureza como montanha, lua, vão sendo trabalhados a partir de uma história. "As crianças vão se envolvendo e entrando nessa dinâmica e você vê de fato a evolução, um progresso muito interessante. A aceitação é muito forte. Eles se atraem de uma forma linda, diferente do adulto. Começamos com um trabalho respiratório, com a vibração do mantra do universo, entrando nessa sintonia", atesta, enfatizando que é possível lançar mão de outras alternativas para acalmar essa inquietação.
Entusiasmada, Tércia reflete que a prática atende a uma necessidade da criança de hoje: "Eles estão querendo essa parada. A gente está vivendo um mundo acelerado, mas que tira da criança o movimento corporal que é dela, desde a vida uterina. Elas são levadas à informatização muito cedo. Os jogos trazem essa coisa estressante. A maioria vive em apartamentos, tem uma demanda do corpo limitada, num espaço bem reduzido de possibilidades”. O Yoga, diz ela, traz de fato essa retomada de consciência de ter o momento para parar. Nas aulas, os alunos têm espaço para sentir a respiração, cada parte do corpo, numa proposta de meditação dosada com dinâmicas lúdicas e utilizando uma linguagem.
Na casa da administradora Mônica Remígio Rodrigues, o resultado foi percebido com clareza. Seus dois filhos, Mariana, de oito anos e Mário, de seis, mudaram o comportamento após as aulas. "Ele é agitado em tudo, inclusive no aprendizado. Não para o corpo, é super, hiperativo. Tem um raciocínio muito rápido. Hoje, quando se estressa, senta na posição de Yoga e começa a respirar. Já ela é mais calma, também adora a prática e ensina também em casa", conta a mãe, que percebe os efeitos positivos nos dois tipos de personalidade.
O papel da família, aliás, também é apontado por Tércia como fundamental em todo o processo. "É preciso que os pais brinquem com os filhos, extravasem essa energia que gera ansiedade. Mas, muitas vezes é apenas cobrado que as crianças fiquem quietas. As pessoas não têm tempo para nada, mas passam horas na frente do computador. Uma simples caminhada melhora intestino, a ansiedade, o sono. O comportamento da família mudando, vai trazer essa mudança também", enfatiza.
Aos mestres, cabem ainda alguns questionamentos para que essa mudança não precise passar pela medicação, mas também por uma pedagogia adequada e não tão focada na valorização do desempenho, na produtividade, nas exigências de competências multitarefas. "Trabalho em educação há 30 anos e é preocupante demais. Vamos ver o que é de fato indisciplina. Eles estão descobrindo as coisas. Claro que temos que educá-los, mas o papel do professor é muito importante dentro dessa perspectiva", alerta.
FONTE:
Patrícia Fonseca - Diário de Pernambuco
http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/vida-urbana/2015/08/03/interna_vidaurbana,589877/alternativas-as-drogas-no-tratamento-do-tdah.shtml

sábado, 1 de agosto de 2015

Inclusão

1) DICAS DE ENSINO PARA CRIANÇAS E ADULTOS COM AUTISMO:
Autora: Temple Grandin – PhD.
*traduzido por Kathia (Delegada Regional e funcionária da APAE (Betim-MG)

Bons professores me ajudaram a atingir o sucesso. Eu estava pronta para superar o autismo porque tive bons professores.

Na idade de dois anos e meio, fui colocada num berçário estruturado com professores experientes.

Desde a idade de muito cedo, fui ensinada a ter boas maneiras e a me comportar à mesa do jantar.

Crianças com autismo precisam ter o dia estruturado e professores que saibam ser firmes, mas humanos.

1 - Muitas pessoas com autismo são pensadores visuais. Eu penso por imagens. Não penso por linguagem. Todos os meus pensamentos são como video-tapes correndo em minha imaginação. Imagens são minha primeira linguagem.

Os substantivos foram as palavras mais fáceis de aprender, porque eu podia formar uma imagem em minha mente .

Para aprender palavras como "embaixo" e "em cima", o professor podia mostrá-las para a criança. Por exemplo: Pegava o avião de brinquedo e dizia: "em cima", enquanto fazia o avião levantar da cadeira.

2 - Deve-se evitar séries de instruções verbais longas. Pessoas com autismo têm problemas de lembrar seqüências. Se a criança sabe ler, escreva as instruções no papel. Sou inábil em lembrar seqüências. Se pergunto a localização de um posto de gasolina, posso lembrar apenas três passos. Localização com mais de três instruções têm que ser escritas. Ainda tenho dificuldade de lembrar números de telefones, porque não posso formar uma imagem em minha mente.

3 - Muitas crianças com autismo são bons desenhistas, artistas e programadores de computador. Estes tipos de talento poderiam ser encorajados. Acho que há necessidade de dar mais ênfase no desenvolvimento dos talentos das crianças.

4 - Muitas crianças autistas tem fixação em um assunto, como trens ou mapas. A melhor forma de trabalhar com essas fixações é usá-las como motivos de trabalhos escolares. Ex.: se uma criança gosta de trens, então use trens para ensiná-la a ler e fazer cálculos. Leia um livro sobre trens e faça problemas matemáticos com trens. Por exemplo: Calcule a distância que um trem percorre para ir de Nova York a Washington.

5 - Use métodos visuais concretos para ensinar números e conceitos. Meus pais me deram um brinquedo matemático que me ajudou a aprender números. Ele consistia em um jogo de blocos que tinha comprimentos diferentes e cores diferentes para os números de um a dez. Com isto, aprendi a adicionar e subtrair. Para aprender frações, meu professor tinha uma maçã de madeira cortada em quatro partes e uma pêra cortada ao meio. A partir dai, aprendi o conceito de quatro e metades.

6 - Eu tinha a pior letra da minha classe. Muitas crianças autistas têm problemas com controle motor de suas mãos. Letra bonita é algumas vezes muito difícil. Isto pode frustrar totalmente a criança. Para reduzir a frustração e ajudar a criança a adquirir escrita, deixe-a digitar no computador. Datilografar é, as vezes, muito mais fácil.

7 - Algumas crianças autistas aprenderão a ler mais facilmente por métodos fônicos, e outras aprenderão com a memorização das palavras. Aprendi pelo método fônico.

8 - Quando era criança, sons altos como o da campainha da escola, feriam os meus ouvidos como uma broca de dentista fere um nervo. Crianças com autismo precisam ser protegidas de sons que lhes ferem os ouvidos. Os sons que me causaram os maiores problemas são: campainhas de escola, zumbidos no quadro de pontuação dos ginásios, som de cadeiras se arrastando pelo chão. Em muitos casos a criança estará pronta para tolerar o sino ou zumbido se ele for abafado simplesmente pelo recheio de um tecido, papel ou um tipo de cadarço ou cordão. O arrastar de cadeiras pode ser silenciado com colocação de borrachas de tênis ou carpetes. A criança pode temer uma determinada sala, porque tem medo que de repente possa ser submetida ao agudo do microfone vindo do sistema amplificador. O medo de um som horrível pode causar péssimo comportamento.

9 - Algumas pessoas autistas são importunadas por distrações visuais ou luzes fluorescentes. Elas podem ver a pulsação do ciclo 60 Hz de eletricidade. Para evitar este problema, coloque a carteira da criança perto da janela ou tente evitar usar luzes fluorescentes. Se as luzes não podem ser evitadas, use as lâmpadas mais novas que você puder conseguir. Lâmpadas mais novas tremem menos.

10 - Algumas crianças autistas hiperativas que atormentam todo o tempo, serão por vezes acalmadas se forem vestidas com um colete com enchimento. A pressão da roupa ajuda a acalmar o sistema nervoso. Eu fui grandemente acalmada por pressão. Para melhores resultados, a roupa poderia ser vestida por vinte minutos e então retirada por alguns minutos. Isto previne o sistema nervoso de se adaptar a ela.

“Ensinar” a criança a ser abraçada pode ser uma alternativa – e abraçá-la com suavidade, de forma a que ela não se sinta sufocada. (nota de Argemiro).

11 - Algumas pessoas com autismo em particular, responderão melhor e terão melhorado o contato visual e a fala se o professor interagir com elas enquanto estiverem nadando ou rolando em uma esteira. A introdução sensória pelo balanço ou a pressão de esteira algumas vezes ajuda a melhorar a fala. O balanço pode ser feito como um jogo divertido. Ele NUNCA deve ser forçado.

12 - Algumas crianças e adultos podem cantar melhor que falar. Podem responder melhor se as palavras forem cantadas para eles. Algumas crianças com extrema sensibilidade sonora responderão melhor se o professor falar com elas em um leve sussurro.

13 - Algumas crianças e adultos não-verbais podem não processar estímulos visuais e auditivos ao mesmo tempo. Elas são monocanais, não podem ver ou ouvir ao mesmo tempo, e não podem ser chamadas a ver e ouvir ao mesmo tempo. A elas poderá ser dada ou uma tarefa auditiva ou uma tarefa visual. Seu sistema nervoso imaturo não está apto a processar simultaneamente estímulos visuais e auditivos.

14 - Em crianças não-verbais mais velhas e adultos, o tato é algumas vezes seu senso mais confiável. Às vezes é muito mais fácil para elas sentir. Letras podem ser ensinadas ao deixá-las tatear letras plásticas.

Elas podem aprender seu itinerário (rotina) diário, sentindo objetos alguns minutos antes da atividade programada. Por exemplo: 15 minutos antes do almoço, dê a elas uma colher para segurar. Alguns minutos antes de sair de carro, deixe-a pegar um carrinho de brinquedo.


2) MANUAL CONFECCIONADO POR FAUSTA CRISTINA REIS, MÃE DE MILENA E AUTORA DO BLOG MUNDODAMI.COM, PARA A PROFESSORA QUE RECEBERÁ SUA FILHA NA ESCOLA:

Olá Prof. Grazi

Você está recebendo este ano em sua turma uma aluna muito especial (embora todos sejam) que é a Milena. Pretendo te apresentar algumas informações a respeito dela para que você a conheça melhor.

Um breve resumo de nossa história: Milena tem um casal de irmãos, Tatá tem 19 (a irmã querida) e Paulo Victor 23 anos são meus filhos de outro casamento, sendo ela a única filha natural do papai Gilberto. Queríamos muito um filho e após seis anos de casados achamos que já poderíamos realizar nosso sonho com a mamãe podendo parar de trabalhar e ficar em casa por dois anos aproximadamente em dedicação exclusiva ao bebê. Quando nasceu, após uma gravidez deliciosa e um parto muito tranquilo, Milena se mostrou quietinha demais e com um olhar muito diferente, sendo que já aos três meses de idade despertou a minha atenção de mãe experiente, pedagoga e irmã mais velha, acostumada em ver bebês se desenvolvendo bem. Após insistentes conversas com os médicos tivemos a confirmação de que havia um atraso no seu desenvolvimento o que mais tarde se definiu como sendo um Transtorno Invasivo do Desenvolvimento (TID).

Os Transtornos Invasivos do Desenvolvimento são um conjunto de desordens que atualmente agrupam outras síndromes como a Síndrome de Rett e o Transtorno Desintegrativo da Infância, mas engloba também um outro sub grupo de desordens chamado Transtornos do Espectro do Autismo, que agrupa o Autismo Clássico, a Síndrome de Asperger, o Autismo Atípico que pode ser chamado também de Transtorno Invasivo do Desenvolvimento Sem Outra Especificação (TID-SOE). Os graus mais leves de comprometimento são os mais comuns.

Esquematizando esses conceitos, ficaria assim:

Apesar de ser um grupo com características em comum, cada pessoa com autismo é única, pois cada um manifesta os sintomas de forma diferente. O mais importante é saber que antes de enxergarmos o autismo temos que ver a pessoa na sua individualidade. Temos então, crianças tímidas e com autismo, teimosas e com autismo, calmas ou agitadas apesar do autismo. Definir o que é autismo e o que é da própria pessoa é difícil, mas não é necessário, se tratarmos a criança como tratamos as outras, principalmente se as tratamos com carinho. Qualquer preconceito, medo, insegurança são percebidos por eles, não tenha dúvida. Por isso, não hesite em nos procurar, estamos à sua total disposição.
A pessoa com autismo tem muita dificuldade em aceitar limites, pois eles não entendem bem a lógica do outro e se tem vontade de fazer algo, não entende porque precisa abrir mão disso, isso não significa que a gente não deva impor limites, mas a maneira de fazermos isso muda um pouco. Podemos direcionar para o certo e não dizer de forma impositiva: não. Por exemplo, ao invés de dizer: "não suba na mesa" podemos dizer: "a mesa é para estudar", ao invés de "assim não pode", é possível sinalizar: "é assim que se faz" e os exemplos se multiplicam:

L : "Não pode pegar o estojo da colega" – J : "O seu estojo é este, cada um fica com o seu".

L : "Não pode levantar agora" – J : "Daqui a pouco quando você terminar este desenho você vai poder levantar".

L : "Não pode gritar" –J: "O que você quer? Vamos conversar, falar é melhor que gritar".

L : Ao invés de dizer "não te empresto", pode dizer J :"agora estou usando", "preciso usar mais tarde", "quando puder te empresto um pouquinho".

A respeito desta nova forma de estabelecer limites, devo dizer que não é muito fácil, pois nossa cultura e educação são baseadas no não pode, não faça e será preciso perseverança pois não se muda da noite para o dia. Mas é muito bom quando mudamos este jeito de lidar com as crianças, pois elas ficam muito mais tranqüilas com esta abordagem. Com o tempo nós vamos percebendo o quanto é melhor agir assim.

Quando estivermos diante de uma conduta inadequada precisamos então dizer com firmeza: é assim que fazemos e imediatamente redirecionar a atenção. Quando uma atitude inadequada acontece, como gritar ou se bater, como jogar objetos ou subir na mesa é porque esta criança quer muito chamar a atenção, comunicar que está frustrada, cansada ou irritada com algo e se ela conseguir reforço para sua intenção: chamar a atenção – ela vai repetir este comportamento outras vezes.

É assim que conseguimos manejar muitas condutas inadequadas de nossa Milena, se em casa ela grita, nós nunca dizemos não grite, passo a dar atenção a ela e convido para brincar ou cantar e só quando estamos nos divertindo, falo que o grito faz doer o ouvido da mamãe e que toda menina que é bonita não grita, conversa. É claro que em alguns momentos o não é inevitável, então falamos o não e já direcionamos a atenção para outra coisa. Se ela quer, por exemplo, brincar com a tesoura de ponta, eu pego a tesoura calmamente, falo que a tesoura dela é outra que não machuca e que vou pegar depois e na mesma hora chamo para ir a outro lugar e fazer outra coisa.

Na escola os comportamentos inadequados mais comuns são os gestos repentinos de agressividade como puxar o cabelo ou dar uma palmada no colega. Apesar de raros, são comportamentos que expressam uma irritação com algo que aconteceu e ela fica muito arrependida, pede desculpas, mas ao perceber que errou ela fica ainda mais irritada, pois não consegue lidar com a sensação de não poder voltar atrás. É melhor neste momento não a obrigar a pedir desculpas ou chamar a atenção pelo erro. Deixar o pedido de desculpas para depois e chamá-la para conversar, sair da sala, se distanciar do colega e depois que a irritação tiver passado, aí sim, cobrar o pedido de desculpas, explicar que não se bate nas pessoas, etc. Qualquer ocasião em que eles erram, é melhor apenas dizer rapidamente que está errado e deixar para chamar a atenção depois, uma vez que ela tem exata noção de que cometeu um erro e este é um dos piores momentos para tentar ensinar algo a ela.

Milena adora perguntar, são suas intermináveis perguntas que podem atrapalhar o andamento da aula, nesta hora seria bom que ela tivesse orientações claras como: eu já te respondi isto, agora eu quero que você se sente em sua carteira, primeiro faça esta atividade, depois vamos fazer tal coisa, depois vamos sair para o lanche, etc. Quando possível, devemos dar a ela uma sequência das atividades e acontecimentos pois isso diminui a ansiedade. Sempre que houver um acontecimento extra na escola, como um teatro, uma visita ou algo que irá alterar a rotina, ou mesmo uma decoração de algum dos ambientes para eventos, seria bom antecipar para Milena, as surpresas fazem que ela fique agitada sem entender o que está acontecendo e por que. Ela reage diferentemente às mudanças, mas sempre fica muito estressada, embora possa manifestar sua estranheza apenas algumas horas depois.

A sensibilidade sensorial das pessoas com Transtorno do Espectro do Autismo pode variar de hiper para a hipo, ou seja, ela pode ser hipersensível a toques ou barulhos e pode ser hipo sensível à dor como é o caso da Milena. Ela não gosta muito de abraços a não ser quando a iniciativa é dela e isso acontece quando menos esperamos. Ela ouve barulhos que não ouvimos (uma moto acelerando na rua ou um bebê chorando ao longe) e se assusta com barulhos repentinos (fogos, objetos caindo) e se irrita com barulhos de motores (furadeiras, etc). Nestes momentos explicar o que é o barulho e dizer que vai passar ajuda muito e quanto aos abraços, ela está acostumada a recebê-los e o único senão é que ela vai ficar meio encolhida e pode ficar irritada com abraços insistentes e apertados que às vezes as outras crianças insistem em dar.

A pessoa com autismo reage negativamente frente às frustrações. Embora já consiga administrar melhor suas reações, Milena ainda sente muito quando não consegue o que quer. Se ela cisma com um objeto por exemplo, esta cisma pode virar uma verdadeira obsessão e neste momento receber um não seria o gatilho para detonar uma crise. O melhor, como já foi dito seria contornar para algo como: pode sim, mas em outro momento. Como nem sempre é possível em um momento de crise Milena pode tentar jogar algo no chão, fritar ou até mesmo bater em alguém para expressar sua raiva. O melhor é desviar sua atenção neste momento, se possível tirando-a do ambiente por alguns minutos.

Ao longo do ano vamos conversando sempre que for necessário, eu sou totalmente aberta para conversar sobre o autismo, sobre minha filha, situações e posturas. Pode estar certa que irei compreender quando você não souber como agir e jamais irei julgá-la por sua forma de preceder em sala.

Pode parecer muita coisa, mas até hoje todas as professoras de Milena se apaixonaram por ela.

Um ótimo trabalho para você e que tenhamos um ano produtivo e prazeroso! Com carinho,

Fausta Cristina de Pádua Reis
Pedagoga, Psicopedagoga, mãe de Milena, Thamires e Paulo Victor


Linda esta foto..




Amo você Assim..
Apesar de hoje em dia todos ja terem ouvido falar sobre o autismo, sao pouquissimas pessoas que entendem ou compreendem exatamente o que è o autismo. Para muitas pessoas, pessoas com o autismo sao retardadas mentais, ou sao super inteligêntes ou sao iguais como o personagem do Rain Main. Infelizmente de todas essas teorias ou teses nenhuma delas estar certa. Logico que existem autistas que sao mais inteligêntes que os outros, mais isso nao quer dizer que todos eles sejam gênios. Nenhum autista è retardado mental, eles pensam e agem de uma forma diferente, mais sao seres humanos como você e eu. Nao è por que muitos autistas nao conseguem falar, que isso queira dizer que eles nao entendam o que nos dizemos. A fala nao è o mais importante e sim a comunicaçao, a forma de conseguir entrar e fazer parte do mundo deles.
Eu tenho um filho que è autista, e ele è a pessoa mais maravilhosa que eu conheço. Ele è brincalhao, ele è feliz,